sábado, 11 de fevereiro de 2012



Um triste desabafo sobre agressão verbal dentro das escolas...

Uma professora ao chamar a atenção de um aluno, foi agredida verbalmente com gritos e enfrentamentos perante toda a escola. Fiquei perplexa! Aquele aluno olhava para professora e gritava com uma agressividade inadmissível. No momento de ação e reação a professora também acabou por alterar seu tom de voz para tentar impor um pouco de respeito, inútil, o aluno venceu a professora com gritos e um olhar ameaçador. Naquele momento surgiu dentro de mim uma grande revolta. Como pode um aluno falar assim com uma professora? Será que não poderemos mais advertir verbalmente um aluno quando ele estiver errado? Como exerceremos, então, nosso papel de educadores?
Sei de toda rotina de uma professor, desde o momento em que acorda até a hora em que vai dormir com planejamentos, provas, cadernos, livros e papéis empilhados nos armários das escolas, nos armários de casa além das preocupações  que ficam empilhadas dentro de sua cabeça por nunca conseguir respostas e das cobranças empilhadas em suas largas costas. E fico profundamente magoada ao escrever isto e saber que muitos professores, ao ler, irão se identificar com esta história por já terem sofrido algum tipo de agressão na escola. Será a banalização da agressão ao docente? Pois, tornou-se tão comum acontecimentos quanto esse e nada acontece.
Somos responsáveis pela educação do país, somos responsáveis pelo futuro do país, somos responsáveis por construir melhores cidadãos para este país. E quem é o responsável por este profissional tão importante capaz de melhorar uma sociedade através da educação? Quem é o responsável pela saúde deste profissional? Quem  é o responsável pela segurança deste profissional?
Vale ressaltar que, este aluno agressivo é uma vítima de um sistema e que ele não tem assistência familiar, e nenhum tipo de assistência social válido e sei ainda que, não é um sistema rígido de punição que vai torná-lo um cidadão civilizado e pronto para viver bem em sociedade. Mas, enquanto não é criado um programa que realmente dignifique a criança pobre brasileira, como ficaremos na escola? Seremos na escola um para-raios prontos para receber a próxima descarga?
Fica aqui o meu desabafo!
Professora Deyse

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012



Olá meus amigos e amigas,
O ano letivo começou acompanhado de dias ensolarados, um ótimo motivo para explorarmos todos os espaços que a escola nos oferece, aliás, com o calor que está fazendo está muito difícil ficar o tempo todo em sala de aula. Então que tal fugir um pouquinho da sala de aula e desenvolver alguma atividade no pátio, no jardim, na sombra de uma árvore ou no parquinho.
Com o objetivo de avaliar a competência das crianças (1ºano) em relacionar numeral e quantidade, fomos para pátio e em seguida, distribui bambolês no chão e dentro de cada bambolê coloquei uma determinada quantidade de tampinhas e uma fichinha com um numeral não correspondente com a quantidade de tampinhas (exemplo: no bambolê onde haviam 5 tampinhas foi colocada a fichinha com numeral 7). Desta forma foi possível perceber as dificuldades e habilidades de muitas crianças. Um exemplo foi o caso de uma aluna que disse:
_ Aqui está errado, porque só tem 5 tampinhas e esse aqui (apontando para fichinha) é o número 7. Vou ter que pegar mais 2 tampinhas!
Esta aluna mostra que já é capaz de usar a adição para resolver um problema concreto.
Também houve o caso de outra criança que olhou para o bambolê e disse:
_ Está errado professora, este é o numero 8 e aqui só tem 5 tampinhas.
Então perguntei a ela o que tinha que ser feito, ela não respondeu, simplesmente retirou todas as tampinhas de dentro do bambolê colocou na caixinha e pegou 8 tampinhas e levou até o bambolê e disse:
_ Agora está certo!
Neste segundo momento a criança não usou o mesmo recuso que foi usado no caso da primeira criança.
Considerando que estamos em semana de avaliação diagnóstica, oportunidade dada para que cada docente possa conhecer melhor seus discentes, é valido colocarmos situações concretas. A avaliação não precisa, necessariamente, ser gráfica. Situações lúdicas e/ou concretas podem apontar muito melhor as dificuldades e habilidades dos educandos.
Um grande abraço,
Professora Deyse!