segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O COMPORTAMENTO NORTE-AMERICANO DAS ESCOLAS NO MÊS DE DEZEMBRO



O mês de dezembro chegou, e infelizmente vejo nas escolas a norte-americanização do período de natal. Papai Noel, pinheiros, flocos de neve, botas e gorros são figuras que ilustram o espaço escolar nesta reta final de ano letivo.
O que queremos? O que pretendemos? Qual o nosso objetivo em reproduzir em um espaço de formação educacional símbolos que não condizem com a nossa cultura?
Há alguns anos, não incluo o tema natal em minha prática pedagógica por um simples motivo, trata-se de uma festa religiosa, levando em consideração a laicidade do estado, não compete à escola comemorar esta data. Mas não aprofundando na questão da religião, gostaria apenas de pedir que os professores e professoras reflitam sobre as consequências em reforçar a cultura norte-americana em nossas escolas. Que tipo de esperança estamos pretendendo que nossas crianças tenham acreditando em um homem que distribui presentes para algumas crianças, vestindo roupas quentes, gorro e botas em um país tropical em pleno verão?
Caros colegas de profissão, não temos  motivo para querer aumentar o sofrimento e a decepção de nossas crianças neste período, pois sabemos que muito deles não terão o tão esperado e farto natal que andam anunciando por ai, e sabemos principalmente que, o tão cultuado Papai Noel não estará presenteando à todos no dia 25 de dezembro.
Pensem nisto...

Profª. Deyse Mara

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A FOTOGRAFIA COMO RECURSO PEDAGÓGICO


Ao trabalhar os conteúdos de ciências naturais realizamos um passeio pela Vila Histórica de Mambucaba para fotografar os seres vivos. As fotos ficaram muito lindas e resolvemos então revelar todas elas para realizar uma exposição fotográfica para os demais alunos da escola. Daí, o conteúdo deixou de ser só de ciências e passou a ser também de língua portuguesa, pois confeccionamos convites através de texto coletivo para informar às demais turmas sobre o evento. A matemática também entrou quando decidimos realizar uma votação com todas as crianças para eleger a foto mais bonita. Logo, tivemos que contar os votos, somar, calcular para descobrir o resultado. Como vocês podem ver na imagem acima, a foto mais votada foi a da aluna Raíssa.
 Este trabalho proporcionou atividades interdisciplinares com as turmas de alfabetização, através da valorização da comunidade onde estudam, eles sentiram um enorme orgulho em produzir as fotografias. O resultado foi surpreendente, por isso, recomendo a fotografia como recurso pedagógico.

Professora Deyse

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

VOLTANDO A PUBLICAR


Amigos e amigas,

O blog alemdagradecurricular@bolgspot.com surgiu da ideia de expor e discutir propostas pedagógicas que ousam em ultrapassar as grades curriculares. Logo, venho por meio desta, justificar minha ausência de publicações por um longo período passado. Na verdade, algumas decepções com o sistema educacional brasileiro, me fez perder um pouco a motivação de estar aqui escrevendo. Além disso, nos últimos 4 meses uma notícia mudou totalmente o rumo da minha vida e dos meus pensamentos, pois descobri aos 25 anos de idade e 6 de carreira pedagógica,  que estou grávida.
Hoje, completando o 5º mês de gestão é com imensa satisfação, (e levando vários “chutes" do Fernando), que comunico o retorno das publicações aqui no blog.
Peço-lhes desculpas pelo afastamento e parabenizo a todos os professores pela força e determinação de insistir em fazer a transformação dia após dia, mesmo sendo desvalorizado, abandonado e massacrado por este sistema sujo que só tem como objetivo afastar as crianças brasileiras de uma educação de qualidade.
 Como estamos na semana dos professores procurei, encontrei e li muitas lindas mensagens para homenageá-los, mas decidi não usá-las, não que nossa classe não mereça, mas creio que este é um momento de usarmos mais palavras de  revolta e menos palavras doces.
Precisamos de valorização e não de romantismo.
Vamos fazer acontecer o nosso reconhecimento!

Um forte abraço professora Deyse.

sábado, 9 de junho de 2012

A volta do bate-bate

Professores e professoras, vocês já devem ter observado que ultimamente uma velha febre do mundo infantil voltou com tudo, o nome do brinquedo é bate-bate.
 Como podemos ver na imagem acima, trata-se de uma brinquedo que possui duas bolinhas suspensas por duas cordinhas, o objetivo é simples, fazer com as duas bolinhas se encontrem através do balanço das cordinhas reproduzindo um barulho divertido para as crianças e estressante para os adultos. E como todos sabemos, escola e barulho não combinam, certo? Errado! Uma escola sem  barulho só seria realizável, se houvesse uma escola sem crianças. Onde há crianças, há barulho, há choro, há correria, há briga, há brincadeiras e há brinquedos. No entanto, tenho observado que a cada dia as crianças tem  se afastado mais dos brinquedos que não são eletrônicos. Bola de gude, corda, bambolê, pião,elástico e ioiô estão sendo substituídos por mini-games, celulares, computadores, tablets e videogames, privando o desenvolvimento psicomotor da criança. Devido a tanto recurso digital é notável que, a criança do século XXI, corre menos, pula menos, dança menos, rola menos, não sabendo muita das vezes como é ralar os joelhos e se sujar de terra.
Enquanto professora de criança, confesso que o barulho do tão antigo bate-bate é realmente irritante, porém, refletindo sobre este mundo digital que tem deixado nossa crianças tão sedentárias conclui que, eu não tenho direito de proibir que as crianças aproveitem essa "febre" do bate-bate, aliás, em que outra fase da vida elas irão encontrar diversão em um objeto tão simples? Só mesmo na infância, não é verdade?
Com minhas turmas fiz um acordo, para que o brinquedo só fosse utilizado na hora do recreio, e por enquanto está dando certo.
Tenho percebido que as crianças estão deixando a infância mais rápido a cada dia que se passa, e isso deveria nos incomodar muito mais do que o barulho irritante do bate-bate.

domingo, 3 de junho de 2012

Alimentação e sustentabilidade - Um dia de degustação

Na semana da alimentação escolar, a Escola Municipal Inácio During resolveu unir ao tema a questão da sustentabilidade. Desta forma cada turma elaborou uma receita reutilizando talos, folhas, cascas, e sobras de alimentos que geralmente vão para o lixo, mas que na verdade podem ser usadas para a realização de receitas maravilhosas.
A foto acima mostra a turma de 1º ano, preparando uma pizza com talos de couve, reaproveitando, já que no dia anterior foi servido couve na hora da merenda, os talos foram guardados, lavados e transformados em uma receita muito saborosa e nutritiva.
A professora Soraya, do 5º ano também reaproveitou os a talos para fazer uma pasta para ser servido com torradinhas e um delicioso suco de maracujá, tudo preparado com os alunos.
A professora Rosane reaproveitou o pão francês "amanhecido", para realizar com a turma a tradicional e deliciosa receita de pudim de pão.
Tivemos ainda farofa de talos de verduras, refrigerante caseiro, suco verde, salada de frutas, bolo de bagaço de milho e bolo de maçã. Depois todas as turmas se reuniram para uma degustação coletiva realizada no refeitório da escola.
Esta foi mais uma etapa do projeto sobre alimentação que a escola está desenvolvendo.E mais uma vez foi um grande sucesso!
E o projeto ainda não chegou ao fim. Aguardem que em breve teremos mais novidades!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Semana da alimentação

Na semana da alimentação escolar, a educação infantil, com a professora Eliane, entra de no mundo doce e colorido das frutas.
Através de uma atividade muito rica e interessante, as crianças tem a oportunidade de tocar, sentir e cheirar as frutas com os olhos vendados para tentar descobrir qual é fruta que se encontra em suas mãos. Além de estar abordando sobre o tema alimentação com as crianças de uma forma bastante lúdica, a professora Eliane, está proporcionando à elas uma atividade capaz de desenvolver a percepção através dos diversos sentidos do seu corpo.
Sendo a educação infantil um lugar para a experimentação, ludicidade e descobertas, é possível afirmar que esta professora está indo muito além de uma simples brincadeira no pátio da escola, ela está contribuindo de maneira muito significativa para formação escolar dessas crianças, pois segundo Lev Vygotsky:

"O saber que não vem da experiência não é realmente saber."

E aguardem as novidade, pois amanhã tem salada de frutas... Hum... que delícia!

Receita de bolinho de espinafre


E a história do espinafre não parou na divertida paródia citada na postagem anterior.
Após conhecer o espinafre, suas vitaminas e benefícios para a saúde, percebi que não podíamos parar por ai quando surgiu a seguinte questão:
_ Qual é o gosto do espinafre? É ruim ou bom?
Foi então que surgiu a ideia de realizar com a turma uma receita diferente de bolinho de espinafre:

Bolinho de Espinafre Assado
Ingredientes
1 xícara (chá) de espinafre cozido e picado
2 claras
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de parmesão => ralado grosso fica melhor
sal a gosto

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes e, com a ajuda de uma colher, forme 6 bolinhos achatados e vá colocando-os numa assadeira levemente untada com margarina light. Forno médio pré-aquecido, asse até dourar.


Antes de realizar a receita, fizemos um levantamento dos ingredientes necessários, construímos uma lista de compras e fomos ao mercado.
No mercado todos ajudaram a comparar preços e conferir a validade dos produtos. Colocamos tudo na cesta e fomos até o caixa, vimos que o dinheiro que tínhamos daria para pagar os produtos e ainda nos restaria troco.
Voltamos para escola e guardamos os ingredientes para a receita que seria realizada no outro dia, e fomos aos cálculos. Assim fluiu uma aula de matemática super descontraída, sem repetição e/ou memorização massante, pois todos queriam realizar o cálculo do dinheiro que gastamos, todos perceberam qual foi o produto mais caro e o mais barato, e descobrimos até quanto nos sobrou de troco para uma próxima receita.
A chave da pedagogia de Dewey consistia em proporcionar às crianças "experiências de primeira mão" sobre situações problemáticas. E através dessa aula foi possível perceber que, a aprendizagem se dá muito melhor através de situações concretas do que da mera reprodução insignificante.


No outro dia, ao chegarmos na escola já começamos os trabalhos. Primeiramente, lavando o espinafre de forma adequada com o auxílio das funcionárias da cozinha. Depois mãos na massa.
A realização da receita teve a participação de todas as crianças, adicionando os ingredientes, triplicando a receita, calculando, misturando a massa num misto de brincadeira com aprendizagem.


Levamos para assar, e acreditem, ficou uma delícia o bolinho de espinafre. Foi um sucesso!
A prova disso foi o relato das mães no portão da escola dizendo que tiveram que fazer o bolinho em casa a pedido dos filhos e filhas.
Vale ressaltar que, a interdisciplinaridade está no mundo, viva na fala das nossas crianças, nas brincadeiras que elas realizam e em tudo que fazemos. E a escola torna-se tão desinteressante quando fragmenta tornando tudo tão sem sentido.
Uma simples receita traz tantos conteúdos de  língua portuguesa, matemática, história, geografia e ciências que fazem parte do cotidiano dos educandos. Então por que apostilar tudo? Por que tornar a escola tão alheia a vida?
Fica a reflexão!




terça-feira, 15 de maio de 2012

Qual a relação entre Michel Teló, alfabetização e espinafre?



Aposto que você respondeu: não faço a mínima ideia. Explicarei como tudo aconteceu...
Primeiramente gostaria de citar que, é inevitável negar que a música, "ai se eu te pego" não sai da boca de nossas crianças. Qual professor nunca teve sua aula interrompida por causa da famosa coreografia apresentada pelo tão comentado artista Michel Teló? O que fazer perante uma situação dessas? Mandar que as crianças parem e copiem o seu dever?(seria retornar ao tão antigo e ineficiente autoritarismo vertical). Proibir a música em sala de aula?(seria ignorar a bagagem que a criança traz de casa para a escola, não tenho esse direito). Mostrar o que é música de verdade, levando a eles Chico Buarque, Tom Jobim, Toquinho e Vinícius de Moraes? Bom, esta última opção seria a mais recomendada pelos grandes profissionais da educação, porém, levar a música popular brasileira para sala de aula através de nossos grandes compositores, como os que acabei de citar, já faz parte da minha prática com objetivo de valorizar a cultura e oportunizar o acesso das crianças àquilo que não se trata do senso comum, musicalmente falando. Por outro lado, as crianças continuam ouvindo todo o modismo musical da grande mídia alienadora e é importante que não ignoremos isso, pois a partir do momento que ignorarmos, deixaremos de conhecer e se não conhecemos será mais difícil transformar.
Pensando nisso, transformei! Transformei a música "ai se eu te pego" em uma divertida paródia sobre o espinafre para dinamizar nosso projeto pedagógico sobre alimentação. Veja como ficou:

Eu como espinafre
(paródia)

Planta rica em fibras,
Que reduz o mau colesterol
É uma fonte de clorofila
Tem muito ferro
E combate a anemia

Nossa, nossa, 
Eu como espinafre
Ai eu sou forte
Ai, ai eu sou forte!
Delícia, delícia
Eu como espinafre
Ai eu sou forte
Ai, ai eu sou forte!

A paródia foi um sucesso, as crianças adoraram, cantaram e até fizeram uma nova coreografia mais condizente.
Espero que tenha ficado bem claro a relação que há entre, Michel Teló, alfabetização e espinafre. Isso nada mais é que, valorizar o que as crianças nos apresentam, adaptar aos nossos objetivos pedagógicos e contextualizar com a realidade.

Um grande abraço!




Conhecendo o espinafre


E a música, A Sopa, fez surgir muitas perguntas sobre os alimentos citados, porém o campeão de perguntas foi o tão conhecido e desconhecido, espinafre.
"_ O que é espinafre?
_ Tia não é que o espinafre faz ficar forte igual ao Popeye?
_ Onde vende latinha de espinafre?
_ Quem come espinafre fica com o músculo grandão, não é tia?"

Dentre essas, muitas outras perguntas curiosas foram surgindo, então por que não uma aula só para conhecermos o espinafre? E deu super certo, pegamos, cheiramos, contamos e medimos as folhas, lemos sobre seus benefícios, desmistificamos algumas informações pré-concebidas e descobrimos muitas coisas legais.
Trabalhar partindo da curiosidade proposta por eles é uma delícia, sinto renovada a esperança pedagógica dentro de mim.
E não parou por aí... Veja as próximas postagens que vocês se surpreenderam com a riqueza de aulas que o espinafre nos proporcionou.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

O que é que tem na sopa do neném?



Música para brincar e aprender...





A música, Sopa, da banda Palavra Cantada, é uma ótima opção para deixar a aula mais lúdica. Divertida e empolgante, a letra de Sandra Peres faz com que a criança aprenda brincando.
Professores, através dessa música é possível desenvolver conteúdos de língua portuguesa, matemática, história, geografia e muita ciência. É só dar espaço à curiosidade das crianças que surgirão durante a interpretação da música, e vocês verão que  naturalmente irão muito além do que a grade curricular sugere. Fica a sugestão!

Boa sopa pra vocês!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Literatura infantil e declaração de amor




O livro, Adivinha quanto eu te amo, de Sam Mc Bratney, conta a história de um coelhinho que tenta de todas a formas provar o amor que sente pelo Coelho pai transformando o tamanho do seu amor em medidas concretas (como o tamanho de seus braços e de seus pulos). Sendo o coelho pai bem maior do que o coelhinho, ele responde às declarações de amor de seu filho com medidas maiores, deixando o coelhinho admirado e estimulado a buscar novas comparações para provar que seu amor é muito grande. Com um final, lindo e surpreendente, este livro é uma ótima opção de leitura para as crianças.
Após lermos o livro, Adivinha quanto eu te amo, as crianças escolheram uma pessoa para declarar o seu amor através de uma produção textual. Uma atividade interessante que fez surgir declarações inusitadas, inesperadas e emocionantes, na qual a criança sentiu a necessidade em fazê-la sem  medo em realizá-la, pelo contrário, era possível ver o interesse de todos em buscar a escrita correta para agradar a pessoa amada.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Posso ir ao banheiro?


Posso ir ao banheiro?



Você está no meio daquela aula super interessante, todos os alunos com os olhos fixos na sua explicação, quando de repente surgi aquela pergunta clássica: 
_Posso ir ao banheiro?                                                                                                                     
A aula é interrompida, o aluno sai para ir ao banheiro e tudo continua normalmente, ou pelo menos deveria ser, mas um grande problema surgi, pois, após um aluno pedir para ir ao banheiro, muitos outros começam sucessivamente apresentar a mesma necessidade, então surgi uma vontade coletiva de ir ao banheiro. 
Situações como essa eu presenciava todos os dias durante as aulas, até que um dia durante um bate-papo com a professora Rosane, cheguei à conclusão que algo de errado estava acontecendo em minhas aulas. Ir ao banheiro é uma necessidade fisiológica, e a única pessoa que pode controlar essa necessidade é o próprio aluno, aquele que sente aquela necessidade naquele momento e mais ninguém. 
Se pararmos para pensar vamos perceber que em nenhuma outra ocasião da vida, a não ser na escola, a criança pede para ir ao banheiro, se este estiver ao seu alcance. Vocês já imaginaram uma criança brincando em casa na presença de seus pais, quando de repente começa a sentir vontade de ir ao banheiro, então ela corre do seu quarto até a sala e pergunta:
_  Mãe, posso ir ao banheiro?
É possível imaginar uma situação desta? A não ser que a criança ainda não consiga fazer suas necessidades sem auxílio, mas a partir do momento que ela já é capaz de fazê-las sem ajuda, não é mais necessário pedir aos pais para irem ao banheiro.
Se olharmos a grade curricular da maioria das instituições de ensino, principalmente na educação infantil e no primeiro segmento do ensino fundamental, veremos sempre presente a palavra, autonomia. E em contrapartida observamos alunos no 5º ano de escolaridade pedindo para ir ao banheiro, mas se você perguntar aos professores se seus alunos são autônomos,  a resposta será unanime, sim.                                           
Desde então, eu a professora Rosane decidimos que em nossa sala, ninguém mais precisaria pedir para ir ao banheiro. Você deve estar pensando, "nossa deve ser uma bagunça", pois, acreditem deu muito certo. 
Atitudes como essa podem afirmar que em minha sala e na sala da professora Rosane os alunos tem autonomia para tudo? Infelizmente, não. Para isso acontecer muitas coisas teremos  mudar e muitas barreiras derrubar, mas estamos caminhando.

Um grande abraço!                                                                                             

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fim da greve dos servidores municipais em Angra dos Reis





Após 3 horas mobilizados na praça, os servidores tiveram a notícia de que o percentual oferecido a princípio de 5,47% subiu para 9%. E o vale-alimentação que estaria fora de negociação subirá de R$ 8,00 para R$ 10,00 por dia. Quem foi que disse que essa greve não daria em nada, heim?



terça-feira, 3 de abril de 2012

Caros professores temorosos,


Gostaria de lhes informar que depois de dois dias de paralisação e de movimento intenso, nós conquistamos para vocês 9% de aumento e um vale-alimentação de R$ 10,00 por dia, está bom para vocês? 

Quero dizer ainda que, as faltas serão abonadas (o que já sabíamos desde do princípio que iria acontecer, já que a greve é um direito do servidor). E para sua vergonha, caro professor, você representa uma minoria que cedeu às ameaças impostas pelos cargos comissionados, pois, a maioria conhece seus direitos e ocupou a praça da prefeitura para lutar por um aumento no qual você também foi beneficiado. 

Torço para que este movimento histórico em Angra dos Reis, que nós construímos, faça você refletir sobre a força que sua classe tem, e que é muito, mas muito maior do que a ameaça de qualquer cargo comissionado. 

E sobre aqueles que não foram às manifestações e assembleias para preparar o jantar, para ir ao mercado, para passar roupa ou por qualquer outro motivo banal, ESTÁ NA HORA DE PENSAR COLETIVAMENTE, NÃO ACHA?

Dedico a você um trecho da música a palo seco, do compositor Belchior, que é muito condizente com o momento:

" Se você vier me perguntar por onde andei no tempo em que você sonhava... De olhos abertos lhe direi: Amigo eu me desesperava!"

Sr. Responsável,

A greve na rede municipal de Angra dos Reis acabou. Amanhã teremos aula normalmente.    

Gostaríamos de agradecer seu total apoio e compreensão à nossa classe e ao nosso movimento, pois todos sabemos que a qualidade da educação está diretamente ligada à valorização dos professores.  E acreditem, apesar dos vossos filhos terem ficado sem escola por dois dias, nossa vitória foi alcançada e toda a população saiu ganhando com este movimento.

Foi muito bom poder contar com vocês! 

A vitória é nossa!


segunda-feira, 2 de abril de 2012

GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS NO MUNICÍPIO DE ANGRA 

Hoje no 1º dia de greve dos servidores municipais, a adesão foi muito maior do que alguns políticos gostariam e esperavam. As 15h os servidores ocuparam a praça da prefeitura vestidos de preto, com apitos, algumas alegorias e faixas muito polêmicas e inusitadas como mostra a imagem acima. A ocupação aconteceu enquanto o sindicato dos servidores negociava com o prefeito. Após 2h de negociação foi oferecida uma proposta de 8,32% para os servidores, proposta esta levada para assembléia e recusada. Ficou decidido então, que a greve se estenderia por mais um dia para que uma contraproposta de 10,98% fosse levada pelo sindicato. 

Vale a pena lembrar que os profissionais de educação receberam no último ano apenas 3% de reajuste e neste ano queriam nos fazer engolir 5,47%. Não podemos aceitar essa defasagem salarial! Temos que ir a luta...

Professora Deyse Mara

sábado, 31 de março de 2012

É bom aprender sobre a história do lugar onde eu vivo

As turmas de 3º ano da Escola Municipal Inácio During, localizada no município de Angra dos Reis, tiveram oportunidade de aprender sobre a história de Mambucaba (região onde fica localizada a escola e onde residem todos os alunos) através de um vídeo apresentado pela professora Gilvane.
Sempre buscando ir além da grade curricular, a professora Gilvane proporciona momentos de aprendizagem muito significativos oportunizando a ampliação dos conhecimentos dos seus educandos através de sua prática pedagógica.

" A ideia de que quanto maior for o aprendizado maior será o desenvolvimento não justifica o ensino enciclopédico. A pessoa só aprende quando as informações fazem sentido para ela"
                                                                                (Lev Vygotsky)

Um grande abraço,
Professora Deyse Mara

quarta-feira, 28 de março de 2012



Sugestão de leitura


Olá caros seguidores,

Hoje estou passando para deixar para vocês uma pequena sugestão de leitura. Trata-se de um livro de Rubem Alves, uma obra pequena e de poucas páginas, porém capaz de proporcionar uma grande reflexão. 
Conversas sobre educação, faz jus ao nome, pois durante a leitura, a sensação que temos é de estar realmente num bate-papo com Rubem Alves, bate-papo este que não dá vontade de acabar. Numa linguagem bastante próxima da realidade de quem está em sala de aula, o autor aborda assuntos relacionando todos os agentes da educação, pais, professores, alunos, pedagogos e a sociedade em geral. 
Através desta leitura fui capaz de achar muitas respostas para minhas perguntas e também muitas perguntas para as minhas respostas. 
Fica aqui minha sugestão... Delicie-se!

Um grande abraço,
Professora Deyse

sábado, 11 de fevereiro de 2012



Um triste desabafo sobre agressão verbal dentro das escolas...

Uma professora ao chamar a atenção de um aluno, foi agredida verbalmente com gritos e enfrentamentos perante toda a escola. Fiquei perplexa! Aquele aluno olhava para professora e gritava com uma agressividade inadmissível. No momento de ação e reação a professora também acabou por alterar seu tom de voz para tentar impor um pouco de respeito, inútil, o aluno venceu a professora com gritos e um olhar ameaçador. Naquele momento surgiu dentro de mim uma grande revolta. Como pode um aluno falar assim com uma professora? Será que não poderemos mais advertir verbalmente um aluno quando ele estiver errado? Como exerceremos, então, nosso papel de educadores?
Sei de toda rotina de uma professor, desde o momento em que acorda até a hora em que vai dormir com planejamentos, provas, cadernos, livros e papéis empilhados nos armários das escolas, nos armários de casa além das preocupações  que ficam empilhadas dentro de sua cabeça por nunca conseguir respostas e das cobranças empilhadas em suas largas costas. E fico profundamente magoada ao escrever isto e saber que muitos professores, ao ler, irão se identificar com esta história por já terem sofrido algum tipo de agressão na escola. Será a banalização da agressão ao docente? Pois, tornou-se tão comum acontecimentos quanto esse e nada acontece.
Somos responsáveis pela educação do país, somos responsáveis pelo futuro do país, somos responsáveis por construir melhores cidadãos para este país. E quem é o responsável por este profissional tão importante capaz de melhorar uma sociedade através da educação? Quem é o responsável pela saúde deste profissional? Quem  é o responsável pela segurança deste profissional?
Vale ressaltar que, este aluno agressivo é uma vítima de um sistema e que ele não tem assistência familiar, e nenhum tipo de assistência social válido e sei ainda que, não é um sistema rígido de punição que vai torná-lo um cidadão civilizado e pronto para viver bem em sociedade. Mas, enquanto não é criado um programa que realmente dignifique a criança pobre brasileira, como ficaremos na escola? Seremos na escola um para-raios prontos para receber a próxima descarga?
Fica aqui o meu desabafo!
Professora Deyse

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012



Olá meus amigos e amigas,
O ano letivo começou acompanhado de dias ensolarados, um ótimo motivo para explorarmos todos os espaços que a escola nos oferece, aliás, com o calor que está fazendo está muito difícil ficar o tempo todo em sala de aula. Então que tal fugir um pouquinho da sala de aula e desenvolver alguma atividade no pátio, no jardim, na sombra de uma árvore ou no parquinho.
Com o objetivo de avaliar a competência das crianças (1ºano) em relacionar numeral e quantidade, fomos para pátio e em seguida, distribui bambolês no chão e dentro de cada bambolê coloquei uma determinada quantidade de tampinhas e uma fichinha com um numeral não correspondente com a quantidade de tampinhas (exemplo: no bambolê onde haviam 5 tampinhas foi colocada a fichinha com numeral 7). Desta forma foi possível perceber as dificuldades e habilidades de muitas crianças. Um exemplo foi o caso de uma aluna que disse:
_ Aqui está errado, porque só tem 5 tampinhas e esse aqui (apontando para fichinha) é o número 7. Vou ter que pegar mais 2 tampinhas!
Esta aluna mostra que já é capaz de usar a adição para resolver um problema concreto.
Também houve o caso de outra criança que olhou para o bambolê e disse:
_ Está errado professora, este é o numero 8 e aqui só tem 5 tampinhas.
Então perguntei a ela o que tinha que ser feito, ela não respondeu, simplesmente retirou todas as tampinhas de dentro do bambolê colocou na caixinha e pegou 8 tampinhas e levou até o bambolê e disse:
_ Agora está certo!
Neste segundo momento a criança não usou o mesmo recuso que foi usado no caso da primeira criança.
Considerando que estamos em semana de avaliação diagnóstica, oportunidade dada para que cada docente possa conhecer melhor seus discentes, é valido colocarmos situações concretas. A avaliação não precisa, necessariamente, ser gráfica. Situações lúdicas e/ou concretas podem apontar muito melhor as dificuldades e habilidades dos educandos.
Um grande abraço,
Professora Deyse!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012


MERCADANTE ASSUME O MEC E MUDA A CÚPULA
Rafael Moraes Moura, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Apesar da mobilização de servidores pela sua permanência, a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, deve deixar o cargo com a posse, nesta terça-feira, 24, do novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O Inep é a autarquia do Ministério da Educação (MEC) que cuida do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Mercadante (à esq.), que assume o MEC no lugar de Haddad (dir.): nova equipe - Dida Sampaio/AE - 22/12/2011
Dida Sampaio/AE - 22/12/2011
Mercadante (à esq.), que assume o MEC no lugar de Haddad (dir.): nova equipe
O MEC deve passar por outras mudanças, com as saídas dos secretários Eliezer Pacheco (Educação Profissional e Tecnológica), Maria do Pilar (Educação Básica) e Carlos Augusto Abicalil (Articulação com os Sistemas de Ensino). Os substitutos ficarão a critério de Mercadante.
O secretário da Educação Superior, Luiz Cláudio Costa, continua na equipe, mas deve ser remanejado. Segundo o Estado apurou, o nome dele é cotado para assumir a presidência do Inep - que teve três presidentes nos últimos três anos.
Na sexta-feira passada, a Associação de Servidores do Inep entregou a um assessor de Mercadante uma carta em que “manifesta sua preocupação com a possibilidade de mais uma substituição da alta gestão comprometer a continuidade de todo o processo de oxigenação, reestruturação, fortalecimento e aprimoramento científico e metodológico das atividades do órgão”.
Pesa contra Malvina o fato de não ser ligada politicamente ao PT. Uma hipotética substituição de Malvina por Luiz Cláudio Costa, cujo nome encontra resistência dentro do Inep, é vista mais como uma questão política.
Para os servidores, Malvina é um nome técnico que defendeu o instituto, tendo feito cobranças ao consórcio Cespe/Cesgranrio quanto à aplicação de provas, como o Enem.
No entanto, o ministro Fernando Haddad (Educação) não teria se empenhado em garantir a permanência da presidente no cargo, ao contrário, por exemplo, do que fez pela manutenção do diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, José Carlos de Freitas.
Desafios. Para especialistas, ajustar a logística do Enem, melhorar a formação de professores e reduzir o gargalo do ensino médio são os principais desafios lançados ao novo ministro da Educação. Conforme o Estado antecipou no mês passado, a presidente Dilma Rousseff pediu em conversas reservadas que Mercadante se dedicasse a dois assuntos: solucionar os problemas do Enem e colocar de pé o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Para os educadores, no entanto, será preciso um olhar mais abrangente às deficiências no sistema de ensino brasileiro.
A sucessão de falhas envolvendo o Enem, que acabou de ter cancelada a edição programada para abril, é vista como o calcanhar de Aquiles da administração Haddad. “O Enem foi uma grande ideia má executada até agora, realizada com pressa”, avalia o coordenador da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara.
Para a diretora executiva do Todos Pela Educação, Priscila Fonseca da Cruz, Mercadante “terá de resolver o Enem” e evitar a repetição de erros que, embora pontuais, atingem milhares de estudantes. Além disso, uma das grandes batalhas será garantir que os cursos de pedagogia e as licenciaturas ofereçam a ferramenta necessária para o professor atuar em sala de aula.
“Os professores em grande medida têm uma formação muito ruim no País, o que explica o fato de os alunos não aprenderem nas escolas”, comenta.
A opinião é compartilhada pela educadora Maria Helena Guimarães, ex-presidente do Inep e ex-secretária estadual de Educação de São Paulo. “O MEC até aumentou a oferta de matrículas, mas não é esse o problema, e sim o currículo. Os cursos de formação estão descolados daquilo de que as escolas precisam.”
Maria Helena critica a situação do ensino médio - apenas 28,9% dos estudantes chegam ao 3.º ano acima do nível considerado adequado em língua portuguesa e 11% em matemática. “Não faz sentido um mesmo ensino médio para um aluno que quer fazer pedagogia e para outro que pretende cursar engenharia”, diz.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, diz que o MEC deve ser mais atuante. “Em questões como o piso salarial nacional, o governo deve ser mais incisivo na cobrança dessa lei por parte de Estados e municípios.”

Alfabetizar para além da grade curricular: "Se a educação sozinha não pode transformar a soci...

Alfabetizar para além da grade curricular: "Se a educação sozinha não pode transformar a soci...: " Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda." ( Paulo Freire)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Bom dia!
Espero que esse seja um espaço de enriquecimento para a prática pedagógica de muitos professores e professoras e de pedagogos e pedagogas!
"Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda." ( Paulo Freire)