Aposto que você respondeu: não faço a
mínima ideia. Explicarei como tudo aconteceu...
Primeiramente
gostaria de citar que, é inevitável negar que a música, "ai se eu te
pego" não sai da boca de nossas crianças. Qual professor nunca teve sua
aula interrompida por causa da famosa coreografia apresentada pelo tão
comentado artista Michel Teló? O que fazer perante uma situação dessas? Mandar
que as crianças parem e copiem o seu dever?(seria retornar ao tão antigo e
ineficiente autoritarismo vertical). Proibir a música em sala de
aula?(seria ignorar a bagagem que a criança traz de casa para a escola, não
tenho esse direito). Mostrar o que é música de verdade, levando a eles Chico
Buarque, Tom Jobim, Toquinho e Vinícius de Moraes? Bom, esta última opção seria
a mais recomendada pelos grandes profissionais da educação, porém, levar a
música popular brasileira para sala de aula através de nossos grandes
compositores, como os que acabei de citar, já faz parte da minha prática com
objetivo de valorizar a cultura e oportunizar o acesso das crianças àquilo que
não se trata do senso comum, musicalmente falando. Por outro lado, as crianças
continuam ouvindo todo o modismo musical da grande mídia alienadora e é
importante que não ignoremos isso, pois a partir do momento que ignorarmos,
deixaremos de conhecer e se não conhecemos será mais difícil transformar.
Pensando nisso, transformei!
Transformei a música "ai se eu te pego" em uma divertida paródia
sobre o espinafre para dinamizar nosso projeto pedagógico sobre alimentação.
Veja como ficou:
Eu como
espinafre
(paródia)
Planta rica em
fibras,
Que reduz o mau
colesterol
É uma fonte de
clorofila
Tem muito ferro
E combate a
anemia
Nossa,
nossa,
Eu como
espinafre
Ai eu sou forte
Ai, ai eu sou
forte!
Delícia,
delícia
Eu como
espinafre
Ai eu sou forte
Ai, ai eu sou
forte!
A paródia foi um
sucesso, as crianças adoraram, cantaram e até fizeram uma nova coreografia mais
condizente.
Espero que tenha
ficado bem claro a relação que há entre, Michel Teló, alfabetização e
espinafre. Isso nada mais é que,
valorizar o que as crianças nos apresentam, adaptar aos nossos objetivos
pedagógicos e contextualizar com a realidade.
Um grande abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário