Professores e professoras, vocês já devem ter observado que ultimamente uma velha febre do mundo infantil voltou com tudo, o nome do brinquedo é bate-bate.
Como podemos ver na imagem acima, trata-se de uma brinquedo que possui duas bolinhas suspensas por duas cordinhas, o objetivo é simples, fazer com as duas bolinhas se encontrem através do balanço das cordinhas reproduzindo um barulho divertido para as crianças e estressante para os adultos. E como todos sabemos, escola e barulho não combinam, certo? Errado! Uma escola sem barulho só seria realizável, se houvesse uma escola sem crianças. Onde há crianças, há barulho, há choro, há correria, há briga, há brincadeiras e há brinquedos. No entanto, tenho observado que a cada dia as crianças tem se afastado mais dos brinquedos que não são eletrônicos. Bola de gude, corda, bambolê, pião,elástico e ioiô estão sendo substituídos por mini-games, celulares, computadores, tablets e videogames, privando o desenvolvimento psicomotor da criança. Devido a tanto recurso digital é notável que, a criança do século XXI, corre menos, pula menos, dança menos, rola menos, não sabendo muita das vezes como é ralar os joelhos e se sujar de terra.
Enquanto professora de criança, confesso que o barulho do tão antigo bate-bate é realmente irritante, porém, refletindo sobre este mundo digital que tem deixado nossa crianças tão sedentárias conclui que, eu não tenho direito de proibir que as crianças aproveitem essa "febre" do bate-bate, aliás, em que outra fase da vida elas irão encontrar diversão em um objeto tão simples? Só mesmo na infância, não é verdade?
Com minhas turmas fiz um acordo, para que o brinquedo só fosse utilizado na hora do recreio, e por enquanto está dando certo.
Tenho percebido que as crianças estão deixando a infância mais rápido a cada dia que se passa, e isso deveria nos incomodar muito mais do que o barulho irritante do bate-bate.